A problemática que equaciona , e Resolve , é mutatis mutandis , o que mais fundamental preocupa os homens do Huambo. A questão da verdade , ou mais precisamente o risco que se corre quando se fala a verdade " Aparresia" .
A complexidade temática desta obra trás a baila , uma amizade entre a plebe , e o dirigente que aparentemente excede os limites de que a palavra " amizade " parece determinar . Amizade para os gregos dos tempos de Aristóteles tinha os seus alicerces na reciprocidade com que se vivia esta mesma amizade .
A vida no Huambo devia ser uma singular forma de convivência que designamos pelo nome de democracia , mas não uma democracia totalitária , que gostam de viver os seus manequins de homens de massa dominados pelo monopólio.
O figurino do executivo fúnciona assim como um equívoco , porque nunca mais será possível , e hoje muito menos voltar aos tempos do inolvidável Paulo Cassoma . Reproduzir aquelas condições de tempo , espaço , tradição , número que faziam do Huambo uma estrutura de múltiplas relações entre os seus elementos , num sistema cultural , vasos comunicantes que a todos os cidadãos fazia chegar os benefícios de uma civilização criada em comum.
Escusado será pois acrescentar que pisamos um terreno em que se não pode esperar juízos consensuais , legitimamos as controvérsias , se de um lado estou a advogar que há gestão danosa da Rés - pública, portanto que anda na contra-mão do manifesto eleitoral 2017/ 2022 , de outro lado há gente a advogar que há uma excelente governação.
Portanto , aquilo que se quer aqui é o bem comum ! Aquilo que queremos acautelar é mal público , de Lembrar que as leis são o único móbil do corpo político , ele não é activo e sensível senão devido a elas . Sem as leis , o estado constituído não é mais que um corpo sem alma , existe e não pode agir.
Huambo , Quo vadis ?
Brevemente .
Luís de Castro
Fotografia: Reprodução Lev*Arte 2017 |
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