“UM GOVERNADOR SEM ARTE”
João Baptista Kussumua, é agora tratado no seio dos próprios camaradas e população da província do Huambo, como sendo um governador sem arte, porque não se reinventa, continua preso na execução de acções que não usou como bandeira de campanha eleitoral, a construção de passeios, obras adjudicadas à empresa JONSOM que também substituiu a sinalização luminosa, empreitada feita por duas vezes.
A política define-se também como a arte de governar. Daí decorre que o governante tenha arte suficiente para se reinventar no sentido de responder às necessidades do povo que governa.
Governar é gerir. A gestão implica um exercício permanente de diagnóstico, previsão, execução e avaliação. Neste processo, factores endógenos e exógenos interferem diretamente, obrigando ao gestor efectuar desvios necessários ao seu plano que, aliás, a própria ciência econômica teorizou bem, justificando que “na gestão haverá, sempre que necessário, desvios para que todo o processo tenha como fim a satisfaça de necessidades colectivas”.
É isto que João Baptista Kussumua não percebe. Se dúvidas houvessem, a realidade actual da província do Huambo esclarece até os mais optimistas. Falta arte da política e noções básicas de gestão que um Governador não pode ser órfão.
Os bairros da periferia da cidade vida, ex nova Lisboa, estão quase intransitáveis, charcos de águas, buracos e lama impedem que o trânsito de automóveis e pessoas se faça com o mínimo de dignidade possível; mas, o governador João Baptista Kussumua insiste em reabilitar passeios e largos, obras que mais uma vez a JONSOM está a fazer.
Parece que o homem está a dirigir um carro que perdeu a direção, impossível de controlar para uma viagem segura e tranquila.
Os factos mostram que João Baptista Kussumua não tem inteligência necessárias para se reinventar do embalo eleitoral que lhe permitiu angariar alguma simpatia. Dizia que vinha ao Huambo para tornar a província o melhor lugar para se viver, mas, a sua actuação sugere pensar que para o governador os passeios e os largos fazem a vida do cidadão melhor.
Sugere também pensar que o governador é curto para satisfazer a demanda de necessidades dos cidadãos do Huambo que, quando vão à cidade encontram largos bonitos e passeios de betão transitáveis, porém, têm pesadelos quando chega a hora de regressar ao seu bairro onde João Baptista Kussumua foi pedir voto, prometeu melhorar as estradas, água e electricidade, mas, agora que o povo já votou, os esqueceu, por isso, continua a maquilhar a cidade enquanto os bairros estão literalmente mergulhador na lama.
Entre os camaradas no Huambo, já não se esconde mais a insatisfação, muitos dos militantes e alguns dirigentes vivem em zonas tomadas pela lama, charcos e buracos, na conversa corrente perguntam:
- Será que João Baptista Kussumua sabe apenas fazer passeios de betão? Não é possível construir as estradas péssimas que temos nos bairros, ao invés de insistir fazer passeios onde já se transita bem?
By: Pascoal Tchimbili
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