Por: Fausto Caetano S. Goepp
Uma das emoções mais desagradáveis por nós sofridas, é o medo. A maioria dos psicólogos estão de acordo em dizer que, mais do que a cólera, mais do que a inveja, é o medo a emoção fundamental, e até a primeira sofrida pelo bebé. No íntimo de nós próprios, seja qual for a nossa idade, subsiste quase constantemente um temor vago que, em realidade, não passa do medo de encontrar razões sérias de ter medo.
Nada admira, pois, que os homens tenham perguntado quais poderiam ser os meios a empregar para vencer este "flagelo" que enferma a humanidade nos dias da hodiernidade. Por esta razão, sempre se procurou desenvolver a coragem, a intrepidez, a ousadia, a prática do estoicismo que, como se sabe, consiste em exercer a indiferença perante as mais adversas circunstancias.
Os Romanos encontraram na guerra e nos jogos do circo a ocasião de desenvolver a sua coragem e de honrar a dos outros.Na Idade Média, a cavalaria foi também uma rude escola. Não têm sempre sido, aliás, os combates uma ocasião que obriga a lutar contra o medo!
Actualmente, este ideal continua ainda vivo mas a nossa geração já não tem, como precedentes, a força necessária. Por isso, esforça-se por lutar contra o medo fazendo desaparecer, não o "Logos", que para os Gregos significa (Razão), mas o sentimento e os sintomas dele, isto é, apagando as chamas e a emoção propriamente dita. Esta é a marcha, para nos libertarmos do medo que corrói o agir, o ser, e o pensar do Homem no seu todo.
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