Está a chover com regularidade no Huambo, mas, ainda assim a verdade que se conhece diz que a barragem do Ngove não tem água suficiente para fazer as turbinas funcionar. Como resultado, a cidade continua numa crise gritante, no que o fornecimento de energia eléctrica diz respeito.
Meus senhores, vós que até sóis engenheiros e doutores, acredito não serem da pimpa, saibam que a gestão exige um exercício dinâmico de diagnóstico, planificação, execução e controlo para que os fins da organização sejam alcançados.
Quero com isto sugerir que abandonem os gabinetes, não temam sujar as viaturas de luxo que o estado vos atribuiu, saiam para fiscalizar o caudal dos rios que convergem na barragem do Ngove. Não é possível que caía tanta chuva mas a água não chega até lá.
Entendo que é urgente fazer um trabalho de desassoreamento na barragem e proximidades dela. Porém, é mais urgente ainda saber se não há assoreamento ao logo do caudal do rio cunene, cunhongamua é outro cujo nome não preciso agora.
O mesmo pode fazer-se com a barragem do Cuando. Se mesmo com a chuva que cai regularmente não tem água, uma pessoa que é engenheira ou doutora, por isso, dirige uma certa organização vocacionada a fornecer um bem/serviço dependente de água abundante, tem de ter cérebro capaz de pensar até na possibilidade de chegar à nascente do rio e percorrer o seu canal todo até a barragem, para saber se há ou não não humana na seca que afecta somente a barragem.
Deviam me pagar por este trabalho de assessoria!
Mas, como vocês são mesmo engenheiros e doutores, façam o que sugeri como se fosse mesmo vossa ideia, não me ralho com isso, pois, como disse NGA o meu “mambo” é muito à frente:
-Ver o Huambo cada vez melhor!
É possível.
Se continuar a chover e as desculpas para a importância da barragem continuar a ser a falta de água na barragem, o problema pode ser afinal outro, incompetência.
Para as pessoas mais capazes como vos chamam, isto pode ser um grande revés.
Trabalhem...
# Nas Calmas #
A Opinião é do escritor Gugú Roque Sapengo.
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