Mais de 150 fábricas inoperantes no Huambo
Huambo - Cento e 79 unidades fabris, maior parte delas de pequeno porte, estão inoperantes na província do Huambo, por razões ainda desconhecidas, facto que está a preocupar a direcção local da Indústria, Geologia e Minas.
Em declarações ontem, segunda-feira, à imprensa local, o responsável do sector, João Pedro da Fonseca, disse que muitas destas unidades inoperantes localizam-se nas zonas industriais ligeiras do São João, São Pedro e Chiva, arredores da cidade capital.
O responsável disse que estes dados constam do dianostico feito pela actual direcção, recentemente nomeada.
Frisou que a direcção da indústria está a tentar contactar os proprietários destes estabelecimentos, ligados ao ramo alimentar e de produção de refrigerantes, para apurar as causas, e, se possível, definir estratégias para que voltem a funcionar.
Neste momento, informou, estão em funcionamento 240 indústrias, uma cifra ainda pouco significativa, tendo em conta a contribuição que se espera deste sector no aumento do PIB, na oferta de postos de trabalho e, também, na arrecadação de receitas à conta única do tesouro.
Do total de indústrias em funcionamento, segundo João Pedro da Fonseca, sobressaem as ligadas ao ramo da transformação alimentar (moageiras e panificadoras) e de bebidas.
Quanto ao pólo industrial no município da Caála, em implantação desde 2015, o responsável informou estarem em funcionamento somente seis unidades fabris, ocupando 134,5 hectares de um total de 1129 hectares de superfície disponível.
Localizado a 23 quilómetros a oeste da cidade do Huambo, nas proximidades da estrada nacional que liga esta província com a da Huíla e Benguela e de uma estação do Caminho de Ferro de Benguela, no pólo de desenvolvimento industrial do município da Caála estão a funcionar as fábricas de perfis de estruturas metálicas, artefacto de cimento e moldura, caixilharia de alumínio e vidro, material de construção civil, mobiliário escolar, colchões, reservatórios de água e combustível.
O director da Indústria, Geologia e Minas na província do Huambo assegurou estarem criadas, naquela zona industrial, as condições básicas para instalação de novas unidades fabris, referindo-se ao facto de ter sido instalada uma sub-estação de fornecimento de energia eléctrica e um sistema de distribuição de água potável.
Até 1991, a província do Huambo era considerada o segundo parque industrial do país, seguindo o de Luanda. Nesta região produzia-se quase tudo, desde calçados, cerveja, refrigerantes, leite, derivados de carne, vestuário, montagem de bicicletas e motorizadas.
Fonte: Angop
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